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Tricotando sobre o livro, "Mulheres de Cabul", de Harriet Logan.




Eu, de fato, tenho uma louca paixão em descobrir o mundo das mulheres afegãs.
Um livro interessante que gostei muito foi "Mulheres de Cabul", ganhei de presente de uma aluna muito especial, Hérica Santana.  Traz depoimentos comoventes das mulheres que vivem debaixo do véu.
Não quero lançar aqui uma visão maniqueísta, do tipo- "coitadinhas, elas vivem sob um regime que as oprimiam, elas usam o véu por causa dos religiosos fanáticos".

Sei que estudos recentes, trazem o outro lado, o daquelas mulheres que usam o véu, não como vergonha,
mas como algo que faz parte de suas identidades e acho fantástico e plausível.

Enfim,  a jornalista Harriet Logan, é fantástica!! Ela nos conduz a uma viagem ao Afeganistão que na época estava sob domínio dos Talibãs.

Gente, vocês precisam ler este livro, só para se ter uma ideia,
o Talebã foi um regime radical que tomou o poder naquele país e estabeleceu uma série de regras, dentre elas: não jogar pipas, não ouvir músicas, o homem não podia fazer a barba e as mulheres só poderiam sair de suas casas com a Burka.

Imagina o desconforto em ter que usar essa indumentária, naquele calorão e, o pior, ter vedada a parte dos olhos, isso mesmo! A Burka possui uma espécie de viseira e as mulheres obrigadas a usá-la só conseguem enxergar com precisão o que está à sua frente.


O que chama atenção no livro, são os depoimentos de mulheres formadas, que se viram impedidas de exercerem suas profissões, devido ao machismo do regime. Mas, por outro lado, pode-se observar a resistência de mulheres que na clandestinidade colocavam seus filhos para estudar. 

No cenário assolador de Cabul, Harriet Logan registrou magistralmente, mulheres arrasadas, viúvas, mutiladas em todos os sentidos, fico imaginando como elas se encontram hoje, será que estão vivas? Será que seus filhos estão ao seu lado? Será que mudou alguma coisa, depois da queda do Talebã?.


São tantos serás... Espero que aquele país um dia consiga desfrutar da liberdade que nós desfrutamos, Paz ao Afeganistão!!                          


     Hoje eu quero paz de criança dormind0

E  abandono das flores se abrindo
Para enfeitar a noite do meu bem
Quero a alegria de um barco voltando
Quero ternura de mãos se encontrando
Para enfeitar a noite do meu bem
Ah! Eu quero o amor ... o amor mais profundo
Eu quero toda a beleza do mundo
Para enfeitar a noite do meu bem !

(Dolores Duran-1959)

Comentários

Hérica Santana disse…
uau! rsrs!
Na verdade, "Mulheres de Cabul" é mais que um livro, se vc prestar atenção, ele parece que conversa com o "LEITOR". Ele trás,
evidencias de um mundo completamente diferente, apesar de ser um livro "jornalístico" claro, existem fatos, que embora vivido em realidade, nos trás apenas uma grande MENSAGEM.
APRENDIZAGEM, VALOR, SABEDORIA e EDUCAÇÃO.
Isso mesmo, o livro é fantástico!!
E as fotografias então?!
bjks
Irmão Diego disse…
Hum! Gostei d+ dessa matéria fessora onde mostra realmente um lado totalmente oposto do q temos aki em nossa civilização, pois vemos o quanto as mulheres nakele país passam por adversidades a ponto de ñ serem aceitas em meio a sociedade. Vou lá abç, xerin
Anônimo disse…
Julia Stefanny Adelino lira
7°A
Eu gostei muito " mulheres de canbul"
Eu um livro que te faz prestar muito atenção e sobre evidências de um mundo super diferentes eu amei
É pra prevenir o bullying. Nós devemos respeitar aqueles que sofreram e acolher e zelar .
Anônimo disse…
E o racismo a mesma coisa.
Acolher aquele que sofreram .
Anônimo disse…
Yuane Sophia De Farias Silva 7 ano A
Denunciar atos de discriminação, ser um aliado e intervir quando presenciar preconceito, além de promover a educação racial, tanto para si quanto para os outros
Anônimo disse…
Manuelly hadassa do 7 ano A
É fundamental educar crianças e adultos sobre a história e as consequências do racismo, promover o diálogo aberto sobre o tema e se posicionar contra atitudes racistas
Anônimo disse…
Nome: Pedro Henrique da Silva Nascimento
Escola: José Mariano
Turma: 7 ano A

Como estudante, posso combater o racismo respeitando todos os colegas, valorizando as diferenças culturais e não permitindo atitudes ou falas preconceituosas dentro da escola. Também posso participar de projetos e atividades que promovam a igualdade racial e o respeito entre todos.
Anônimo disse…
resposta-Palestras e atividades com personalidades negras são também excelentes oportunidades para trabalhar o antirracismo no ambiente escolar.
nome - miguel marinho da silva
turma -7 a no c

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