Anos Insanos e Anos de Crash

Segunda-feira  discutimos, em sala de aula, como a crise de 1929 afetou a economia Global, trazendo a Depressão não só na  economia, mas depressão nas sociedades que viram-se afetadas pelo Crash da Bolsa de NY, que ficou conhecido como  a "quinta-feira negra", termo utilizado na época por jornais como New york Times, para caracterizar a crise que assolou o capitalismo nos idos anos de 1929.




Mas... nos Anos 1920: Anos Dourados!!

Tudo parecia caminhar tão bem, estavam no pós-guerra, a economia europeia entrava aos poucos nos eixos, e retomava novamente sua produção industrial. É tanto que, já em 1920, os países europeus estavam vivendo em estabilidade e desfrutando de relativa prosperidade. Isso pode ser refletido nas artes, nas músicas e danças.
A forma de  conceber o mundo também mudou, tínhamos uma arte mais questionadora, denunciadora da passividade do indivíduo e crítica das máquinas.

Eram tempos novos, ares de liberdade e mudanças!

Os EUA, que por sinal saíram da Primeira Guerra como a maior potência mundial, viviam o American Way Life, os anos felizes e, esse "modo de vida americano", foi cobiçado por todos. Prosperidade e otimismo, eram marcas da sociedade americana.

Teve o sucesso da rádio, que entrava nos lares divulgando ideias e a música da moda, na época, o que fazia a cabeça da turma era o ritmo  charlleston, um ritmo caracterizado "por movimentos para os lados  a partir dos joelhos", havia ainda o Foxtrot e o Tango. 

E, como disse Nuno Severino Teixera: "Nos cabarés o mundo elegante acotovelava-se, ouve o Jazz, dança o charlleston e bebe o champgne, de preferência francês".
Não podemos esquecer do cineminha, que, na época, apresentava filmes mudos. E, Hollywood, destacava-se como maior produtora de filmes, o cinema mudou a cultura e os costumes da sociedade. Em 1927, foi exibido o primeiro filme falado "The Jazz Singer".


"Anos loucos", "Anos Dourados", esses termos  revelam-nos que eram de fato, anos de mudanças, de progresso, viam-se mudanças nas roupas das moças que encurtavam as saias e até nos cortes de  cabelos,  a la garçonne!! 

As mulheres conquistavam o mercado de trabalho e deixavam de ser a famosa "fada do lar". Conquistavam o direito ao voto, além de fumar e frequentar lugares noturnos.



Mas, a crise chegou e abalou. 1929.

A queda da Bolsa de Valores de NY, "local onde [eram] negociados papéis de empresas e do governo, ações ou títulos"(2007), simplesmente despencou no dia, 24 de outubro de 1929.  E isso foi motivado por fatores como: concentração de riquezas nas mãos de poucos, descompasso entre crescimento de salários e o aumento dos lucros, concorrência que a Europa passou a fazer com os EUA, no mercado internacional e, por último, a crise agrícola. Isso tudo provocou o que chamamos: Superprodução, muita oferta e pouca procura.

Muitos faliram do dia para noite, inúmeros foram os casos de empresários que cometeram suicídio, especificamente naquele dia, foram registrados em torno de 11 suicídios.

Muitos países foram atingidos pela crise, tendo em vista que, na época, as economias estavam interligadas umas às outras, a Alemanha (que se recuperava economicamente, viu os EUA, cancelarem seus investimentos no país) foi o país que mais sofreu os efeitos devastadores da crise, a onda de desemprego no país gerou revolta, a inflação  provocou o desespero da população alemã.

O Brasil, inclusive, foi atingido diretamente pela crise, pois os EUA cancelaram a importação do café. Muitos cafeicultores viram-se em desespero. Recorrendo ao governo, que, por sua vez, comprava e queimava as sacas de café para valorizar o preço no mercado.
Vale salientar que a URSS não foi atingida pela crise pois, era uma nação socialista, e  tinha um comércio insignificante em comparação com os países capitalistas.





Fonte: http://veja.abril.com.br/historia/
http://www.slideshare.net/serbernardo/os-loucos-anos-20

Projeto Araribá; obra coletiva. São Paulo: editora moderna. 2ed., 2007.